Notas e comentários, apontados por dois curiosos, leigos e amantes de aventura e diferenças. Entre 22 e 29 de Junho de 2009
terça-feira, 14 de julho de 2009
Domingo, 28 de Junho
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Sábado, 27 de Junho
Correu bem, a pintura ficou como suponhamos, levou algum tempo a secar, o que nos fez chegar mesmo em cima da hora à porta do restaurante. Situação estranha, reparamos que as pessoas ao entrar, apresentavam bilhetes, que nós não fazíamos ideia, nem sabíamos que eram necessário. Conclusão, depois de dialogarmos com o porteiro, fiquei a saber que nos deveriam ter dado os ingressos para o jantar na recepção do hotel. Lá fui em passo de corrida para o hotel à procura dos bilhetes. Recuperados, voltei ao restaurante, mas dado ao adiantado da hora deram-nos dois lugares numa mesa mais afastada do palco e eu, por azar, vi o espectáculo por trás de um pilar. Foi desagradável, mas foi assim. Não merecia a pena protestar, pois reparei que havia mais casos como o meu e não se vislumbrava solução para este embróglio, uma vez que o grande salão estava cheio, com lotação esgotada. Entretanto o jantar começou, assim como o espectáculo. Não vi grande coisa do espectáculo e do menu, umas entradas com vários tipos de salgados, e depois o prato principal que não convenceu, um cabrito estufado com arros de passas e amêndoas, a sobremesa foi o melhor, um bolo de bolacha com chocolate muito frio e húmido, gostamos. No fim, deixamos a sala com alguma frustração, o espectáculo e o jantar não coincidiam com a nomenclatura que nos referiram, imperdível. Mas gostos não se discutem, como é natural. Acabamos a noite, já no hotel, à conversa com os companheiros de viagem desse dia, do Porto, à volta de um chá de menta na esplanada, a programar o último dia da nossa estada em Hammamet. Em princípio, amanhã será praia e as últimas compras.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
sexta-feira, 26 de Junho
Desta forma, limitamo-nos às vistas exteriores e ao ambiente perfumado, aromas exóticos, que os homens e mulheres deixavam no ar, cruzando as vielas em redor da grande mesquita, em resposta ao chamamento para a oração. Até aqui, enquanto uns entregavam o seu espírito aos desígnios de Deus, outros aproveitavam para negociar. As ruas, que cercam esta mesquita, estão atoladas de mercadores que vendem um pouco de tudo. Estratégicamente, existem grandes casas especializadas em tapetes e produtos de artesanato, que pensamos terem alguns acordos com as operadoras turísticas ou então, apenas com os motoristas ou guias. Pois, por várias vezes incentivaram-nos a visitar estes estabelecimentos.
Terminada a rápida visitita à mesquita de Keirouan, fizemo-nos novamente à estrada, desta vez sem interrupções para o nosso destino final, Hammamet. Chegamos ao hotel ainda a tempo de dar um mergulho na sua piscina e apreciar um bom jantar. Estávamos um pouco esgotados, mas com forças para fazer qualquer coisa à noite, agora que já tinhamos, entretanto, travado conhecimento com alguns passageiros da excursão. Depois do jantar, ainda fomos dar uma volta em redor do hotel e acabamos na esplanada a ouvir um pouco de música e a beber um chá de menta. Na manhã seguinte, temos a excursão às praias com areia branca e águas cristalinas, vamos ver se ao passeio tem mesmo lugar, uma vez que pagamos e (como já referi antes), não temos qualquer comprovativo desse pagamento, foi um contrato de palavra. Vamos a ver se não foi apenas palavra de óleo!
quarta-feira, 1 de julho de 2009
quinta-feira, 25 de Junho


À volta deste polo de interesse, muita gente sobrevive do turismo. Quando caminhavamos para a entrada, puseram-nos um mapa e uns postais na mão e pediram-nos dinheiro. Sem tempo para argumentar ainda tentamos saber o preço, em vão; tirei umas moedas do bolso e o mercador toca de tirar-me das mãos, assim, sem mais nem menos. Fulmineio-o com o olhar, mas antes que praguejasse algo em bom português, devolveu-me algumas. Sinceramente não sabemos quanto custou o mapa e os postais. Mas acabaram por dar jeito para a viagem. Um outro ainda veio ao nosso encalce e diz-nos que vende um lenço bérbere, daqueles que se usam na cabeça, e um adereço para o prender, por 2 dinares. O preço era justíssimo (para nós claro), aceitamos. Assim que peguei nos artigos, o tipo afiançou-me que afinal não eram 2 mas sim 15 Dt. Imediatamente entreguei os artigos e continuei a caminhar, apressadamente. O bom vendedor veio a correr atrás de mim, baixando o preço, para 12, 10, 8 e eu, sem dizer nada, agarrei novamente nos artigos e em espetei com 2 Dt na sua mão e desatamos apressadamente a andar enquanto o homem, sem reacção, viu-nos a ganhar distância.
quarta-feira, 24 de Junho
Pelo caminho, tivemos oportunidade ver as casas dos habitantes indígenas. A maioria delas estão inacabadas. Ora são as paredes semi-pintadas ou mesmo sem qualquer pintura, ou então é o piso superior apenas com o esqueleto da contrução, enfim, é caso para dizer que mais parecem as nossas obras de santa engrácia. Honestamente, a sensação que dá, é que eles vão construindo as habitações de acordo com os recursos disponíveis: primeiro o básico (1º piso), depois, à medida que vão estando com as bolsas menos leves, vão ampliando as instalações, as pinturas, o piso superior etc. Se fôr assim, faz sentido. Desconhecendo esta matéria, no caso tunisino, não sabendo que apoios terão do sector da banca para construção e aquisição de habitação, mas no caso de inexistência destes apoios (o que não me supreenderia muito), torna-se claro o estado em que as habitações se encontram. No centro das localidades, a situação é mais de acordo com os nossos costumes, as casas parecem ser definitivas (obras concluídas). Chegados ao centro de Hammamet, deparamo-nos com uma azáfama que só visto.
A princípio é giro, divertido, e dá a sensação que estamos dentro de um filme de aventura, mas aos poucos, fomos enjoando. É engraçado, gostarmos de uma peça de vestuário, pelas suas cores vivas características, pelo material exótico, e ficarmos com a sensação de não saber o valor real, um preço justo, em que todos ganham, quem fez, quem vende e nós potenciais compradores. Uma situação onde todos ganham, parece utópico. Basta um olhar mais demorado para um artigo em exposição para alertar o mercador. "Gostas?" "de onde és?" "Português? Oh meu amigo! Cristiano Ronaldo! Figo! Bacalhau com batatas...!" outra vez a mesma argumentação. À primeira e à segunda tinha sido pura coincidência, mas à terceira já é demais. Ás vezes, aparece um com técnicas mais inovadoras, com apelo ao sentimento, e mete o Eusébio ao barulho. Aí pronto, o gajo armou-nos uma cilada, temos que comprar qualquer coisa, nem que seja para mais tarde deitar para o lixo, ou melhor ainda, presentear aquela colega de trabalho da esposa que é uma chata! Isto é um pensamento que surge num ápice, uma defesa oportuna para nos livrarmos do tipo, o gajo até sabe quem é Eusébio da Silva Ferreira. É um pouco assim. Depois há outros que ao saberem a nossa nacionalidade, afrontam-nos com um "Portugal? Oh, Portugal bancarrota!... portugueses não ter dinheiro!"- isto chateia não? ainda por cima, o gajo não deixa de ter razão. Dá vontade de telefonar para o gestor de conta do BPN e pedir um financiamento para comprar a banca do Mustafa! São muito comuns os que nos pedem para entrar na sua humilde "tienda" apenas para "mirar", mas quando nos apanham lá dentro, ui, é o cabo dos sarilhos para conseguirmos sair sem perder peso na carteira. Depois há aqueles que nos confrontam com uma conversa do estilo: quanto vale um "gobomgom" em Portugal? Nós, olhando um para o outro, pensando cá para dentro, não vou caír nesta..."o que é um "gobomtom"?" respondemos. Ele, astutamente, diz-nos que "não "gobomtom", Mosthar quer saber quanto vale em Portugal um "gobomgom"!". Nós dizemos-lhe que não sabemos o que é aquilo. E pronto, entramos na loja, e desta vez já nem é para mirar, é para percebermos de que artefacto se trata. Mostra-nos um artigo que não existe em lado nenhum, pensamos que nem na Tailândia, e momentos depois estamos a regatear aquele par de chinelos que há trinta segundos atrás não precisamos, e mais, tinhamos a certeza que não compraríamos. Mas emfim, as Medinas não são só isto, há também casas muito características e magníficas, pessoas lindas, trajes bonitos, as cores, o odor a especiarias e incenso que paira no ar, a música árabe lá ao longe, o chamamento para a oração na mesquita da medina, enfim, há uma atmosfera estimulante à fantasia. Entramos, a troco de 2 Dt no museu Dar-Katijha que nos supreendeu numa das ruelas. Não é espectacular, mas dá para apreciar vários objectos de arte e históricos. Conta um pouco de Hammamet, as guerras com os franceses, o vestuário dos antepassados, os equipamentos da altura, enfim, não foi de forma alguma tempo perdido. No último piso (de três), há uma esplanada e uma excelente vista sobre a medina. Ainda na esplanada, há umas almofadas para os visitantes se sentarem e apreciarem uma bebida naquele espaço. No momento da nossa visita, não havia ninguém disponivel para nos servir o tal refresco, nem sei mesmo se na realidade existe essa tal pessoa, pois pelo aspecto do espaço, não parece servir alguém há longos tempos. Depois de conseguirmos sair ilesos das ruelas da medina, não temos a certeza se vimos tudo, mas às tantas as ruas e as lojas parecem iguais, dirigimo-nos para o Forte. É uma fortaleza bem preservada, a beira-mar, com óptimas vistas. No interior, para além de uma loja de artesanato com artigos muito giros e caros, e dos wc, muito higiénicos, há uma sala com alguns quadros com motivos de soldados franceses. Não entendemos o significado, não havia informação nem alguém a quem perguntar sobre os mesmos. Mas o mais interessante do Forte é a parte superior, de onde se obtem uma vista espectacular sobre toda a baía de Hammamet, medina e a própria localidade.
Ao final do dia fizemos o trajecto contrário, utilizando o mesmo meio de transporte, só que desta vez só pagamos 5 Dt, menos 2 Dt. Não entendemos, nem questionamos. Em ambos os trajectos deram-nos um bilhete, e estava lá inscrito o valor que pagamos. No primeiro trajecto devia ser a subir, não reparamos! Aproveitando uma das vantagens que o hotel proporciona, hoje fomos jantar ao restaurante mexicano do hotel Iberostar Chic Khan. O hotel supreendeu pela positiva, muito elegante, fazia lembrar a cadeia de hotéis Bahia Príncipe da Riviera Maya, um hall explêndido, muito alto e profundo, com muita vegetação, tímidamente iluminado, muito sóbrio e luxuoso. O restaurante era pequeno, só aceitava reservas e a comida não foi por aí além, mais uma vez. Contrariamente ao nosso, o pessoal ao serviço era muito simpático e atencioso. Tinha uns painéis que sobressaíam da parede muito curiosos. Depois do jantar, resolvemos ir cedo para a cama, no dia seguinte teriamos de nos levantar às 5:00 horas da manhã, uma hora depois já estariam à porta do hotel para nos apanharem para a ida ao deserto. Saíu-nos gorada a intenção, pois era noite de Karaoke, e desta vez, como estava uma noite perfeita de verão, seria lá fora na esplanada. Claro que com o ruído e as vozes para esquecer dos participantes, não nos deitamos antes das 24:00 horas. Ouvia-se muito cantar em português, "Mãe querida mãe querida...". Adormecemos entretanto.