terça-feira, 30 de junho de 2009

terça-feira, 23 de Junho

No dia do desembarque, fomos informados que hoje pelas 10:00 horas, seriamos contactados por um agente local da operadora Iberostar, que nos informaria das excursões, passeios e locais de interesse a visitar, durante a estadia. Assim, após o despertar fomos tomar o pequeno almoço. A variedade era boa, havia de tudo o que é usual em hotéis deste tipo. Como é hábito em férias, saboreamos a primeira refeição do dia com tranquilidade, degustando cada elemento como se fosse a primeira vez que o faziamos. À hora combinada, o anfiteatro do hotel (onde são apresentados os espectáculos no hotel), encheu-se de gente. Para além dos nossos companheiros de viagem do dia anterior, marcaram presença vários cidadãos de outros países, na maioria franceses. A explicação das opções disponíveis foi realizada em espanhol, com consentimento de todos, o que para nós, complicou um pouco. Mas com maior ou menor dificuldade, acabamos por captar o essencial, e as várias alternativas, que por sinal nos pareceram escassas, eram: Excursão de um dia a Tùnez, Carthago e Sidi Bou Said (75 Dinares tunisínos(Dt) por pessoa); Outra de um dia a Kairouan e El Jem (78 Dt); Excursão de dois dias ao Deserto Sahara (175 Dt e 190 Dt, hotel de 4 e 5 estrelas); por último, um jantar com espectáculo (48 Dt). Para além destas alternativas, o agente representante pôs-nos a hipótese de para quem quisesse se formassem grupos de até 8 pessoas para um passseio fora do programa oficial, um percurso de um dia por praias de areia branca e águas cristalinas e ainda visita a umas termas em cascata para o mar (23 Euros por pessoa). Deu-nos ainda informações sobre locais a visitar pelos nossos próprios meios: em Hammamet a Medina, o Forte, o Centro Cultural Internacional; em Yasmine Hammamet, a Nova Medina e o Porto; em Nabeul, o mercado diário no centro da cidade e o atelier de olaria. Assim, face às alternativas que tinhamos, e após alguma discussão, pois as opções não coincidiam, decidimos pela ida ao Deserto e pela visita alternativa às praias com areias brancas e mar cristalino. Na confusão das marcações, tivemos tempo para ir à vila, levantar dinheiro a uma máquina ATM, com o cartão multibanco (que nos supreendeu um pouco, suponhamos que apenas fosse possível com o cartão de crédito). Aliás, pode-se igualmente efectuar pagamentos de compras com o mesmo sistema, embora se pague uma comissão de 3% sobre os montantes transaccionados. Gerou-se alguma confusão relativamente à excursão opcional que não estava no programa, pois o pagamento era efectuado sem qualquer comprovativo, isto é, não recebiamos qualquer documento que comprovava o direito ao serviço comprado. Isto gerou alguma confusão, desconfiança lançada para o ar e alguma tensão crescente, mas foi por momentos, felizmente. A situação ficou resolvida, com o representante a assinar um papel comprovativo de que tinha recebido de um casal (mais determinado nas legalidades) o valor por eles pago. Ora bem, diz-nos o bom senso, e alguma sensibilidade nestas situações, e mais nestes países, que há negócios que se fazem na base da confiança, perde-se às vezes, mas pela importãncia em causa, neste caso, admito que tenho confiado e até hoje, não me dei mal. Amanhã, logo se verá.
Foi assim, desta maneira, que quase consumíamos o precioso tempo da manhã, o que restou das horas, minutos e segundos, fizemos questão de os sorver até ao tutano, desesperadamente: Vagueamos um pouco pela praia, o vento não trazia apetites de banhos no mar, uma caminhada à beira mar, rumando a norte ao encontro da Marina de Hammamet. Nas margens, no frequente encontro do mediterrâneo com áfrica, amontoavam-se algas verdes, que longas horas de sol fizeram questão de secar, agora formavam uma pequena duna de lixo áspero e com consistência de algodão.
Do outro lado, a barreira formada pelos vários hotéis acompanhavam todo o percurso. Estes, estão separados do areal, por uma extensa avenida com duas faxas em cada sentido. Há passadeiras para os peões mas é como se não existissem. Durante a nossa estadia, não vislumbramos um único motorista com sensibilidade para o tráfego pedonal. Nem os condutores de carroças puxadas a cavalo, abundandantes no local. Como o vento teimava e crescia em intenções, visitamos a piscina, mas por pouco tempo, era hora de mais uma degustação das iguarias do nosso hotel. Depois do almoço, que não foi nada de especial, nada que deslumbrasse, resolvemos fazer a merecida "siesta", que antes enquanto não estiver institucionalizada, só acontece em período de férias.

Depois do bendito tempo a olhar para dentro, resolvemos ír ver como estava o mar, e assim foi só atravessar a avenida e entrarmos na praia privativa do hotel, que sem estar própriamente a abarrotar, estava repleta de veraneantes. Para além dos cadeirões de praia, estava disponível um apoio de praia com bebidas frescas, grátis para os hóspedes em regime de tudo incluído. Entrar na água, não foi tarefa fácil, o choque térmico era acentuado, mas depois de lá estar, a água sabia bem. Estava a uma temperatura semelhante ao mar do Algarve, pelo menos na zona da Praia de Faro, nos dias normais de verão. Passamos assim grande parte da tarde, com vendedores ambulantes de quando em vez, como as ondas, a tentarem aliciar-nos a trocar alguns dinares tunisinos por bijuteria e outros artefatos. Até apareceu um homem a oferecer-se para fazer tatuagens com hena, uma pasta vegetal que serve para se pintar o corpo com fuguras escolhidas, com base num catálogo ou então, à escolha do cliente. Estes tatuadores devem ter muito sucesso, viam-se muitas turistas, mais elas do que eles, com as mais variadas impressões com marca de hena. Ainda houve tempo para saber quanto custava andar nas motos de água, nos para-sailing e muitos outros meios de divertimento náutico. Ainda antes de regressarmos ao hotel, devos uma volta pelos espaços comerciais ao longo da avenida, no piso raso dos hotéis. Há lojas de quase tudo: artigos para o lar, vestuário e calçado, restaurantes, bares, minemercados, aluguer de automóveis, etc. A maioria dos logistas, encontra-se fora das lojas, ou apenas um deles, para cativar os clientes, utilizando a mais variadas estratégias para fazer com que se entre na loja, uma vez aí, não é que nos façam mal, mas o assunto é outro. Ainda fomos um pouco à piscina, que se encontrava também cheia de gente. Muita criança, há familias inteiras a disfrutarem das suas férias aqui. Deu ainda para constatar que até há grupos de familias amigas que vêm em conjunto, num caso específico, eram portugueses e o grupo atingia o número de 22 pessoas. Ficamos sem qualquer dúvida que está barato, relativamente é claro, fazer férias neste país. Como era hora, fomos jantar, tendo em conta que previamos deitar cedo, para descansar. O jantar voltou a não supreender, mas crescia o nosso descontentamento em relação aos empregados. Não eram nada simpáticos, nada usual em outras partes e outros estabelecimentos de hotelaria. Mas nada de mais. Antes de nos deitarmos ainda fomos assistir a um espectáculo providenciado pelo grupo de animação permanente do hotel, cujo tema era "Celta Spirit": Começou com dança e música celta, estilo "Lord of the Dance", mas aceitávelmente incomparável aos genuinos, e terminou com uma miscelânia de artes circences e arte de um "faquir", que engoliu fogo, andou e saltou sobre vidros partidos à nossa frente. Foi divertido, deu para ganhar apetite para um sono recuperador.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Segunda-feira, 22 de Junho de 2009



Foi perto das 6:30 que nos levantamos para a primeira semana de férias. Era obrigatório estar no aeroporto da Portela, antes das 9:30 pois o voo estava determinado para as 11:00. Quando o táxi chegou, sem espanto trouxe a notícia que já se anunciava: teriamos que entrar em Lisboa pela ponte Vasco da Gama, pela 25 de Abril, não era assumido que conseguissemos apanhar o avião. Estava, instalado o caos nos acessos à capital por esta via, e desta forma alternativa, implicava fazer pelo menos mais uns 50 Km e o preço habitual de 25 euros iria certamente duplicar, no mínimo. Não nos restava outra hipótese, tendo em conta a carga que transportávamos. Assim o fizemos, 40 minutos e 55 euros a menos foram bastantes para o taxi despejar-nos na Portela. Eram perto das 9:40 quando tomamos o nosso lugar numas das longas filas para o guichet do chek-in. Mais precisamente três longas filas com muita gente, a partir de agora companheiros de viagem. Viam-se familias inteiras, umas até fora de comum actualmente, um casal com quatro filhas pequenas, todas uma a seguir à outra, em termos etários. Paisagem interessante nos dias de hoje. O pensamento era deixar, por um pouco, tudo para trás, o trabalho, a crise, as preocupações, tarefa difícil, talvez até objectivamente inatingível, mas era a ideia.

Depois de alguns minutos, que até foram menos do que se previa, observando aquela paisagem humana diversa, com gente de várias partes do país, onde se notabilizavam desde logo as gentes do norte, quer pelo seu sotaque quer pela boa disposição matutina. Lá se fez o chek-in, e aí fomos nós em direcção à sala de embarque para o voo 319 da Tunisair. Ainda houve tempo para um pequeno almoço rápido, uma sandes e um galão, sem saber daqui a quanto tempo voltariamos a ter oportunidade desta iguaria. Embarcamos sem pressaltos e conforme o estipulado. A aeronave ía com uma taxa de ocupação a 100%, tudo portugueses. Veio longo a ideia de que a crise não parece estar a afectar tanto quanto se ouve falar, ou então que o novinho "Allgarve" não está a conseguir captar esta parte do mercado. Ora bem visto, aos preços que estão estes packages, cerca de 600 Euros para uma semana por pessoa, com tudo íncluido e em hotel de 5 estrelas, sai bem mais barato que uma semana no Algarve, e sempre se sai de Portugal, vê-se coisas certamente que não vemos cá dentro. A viagem de cerca de duas horas e meia correu bem, sem grandes aspectos a relevar, tirando o facto de uma pequena sensação de antipatia e até um pouco de arrogância por parte da tripulação. Mas livramos-nos da tentação de rotular o povo tunisino neste primeiro contacto. Seguimos viagem. O aeroporto de Tunes, incomparável à maioria dos que existem por essa europa fora, mas dentro dos parámetros de outros de países num estado de desenvolvimento mais precoce, não desiludiu. Fomos logo encaminhados para o autocarro que nos iria fazer o transfer da capital para a zona de Hammamet, sentindo desde logo um pequeno problema de comunicação, nós arranhamos muito pouco o "franciú" e eles pescam muito mal em inglês, teria que ser na lingua dos "nostros hermanos". De cada vez que nos apresentavamos como orgulhosamente portugueses, eramos bombardeados com "Bacalhau com batatas", "Cristiano Ronaldo", "Luís Figo" e por vezes "Humberto Coelho": Nem sabiamos que este último era agora seleccionador da equipa nacional da Tunísia, será importante? Mais uma para aumentar o conhecimento. Cerca de uma hora depois de partirmos, registamos alguma demora no aeroporto pois um casal que veio no mesmo avião perdeu as malas...hups! livramo-nos deste precalço, mas é sempre desagradável ao tentarmo-nos por no lugar dos outros numa situação destas, num país estranho, logo à partida sem nada, apenas com a roupinha do corpo...

Chegamos a Hammamet e foi um pouco como estar no ambiente de Albufeira, em pleno Agosto. Troca-se os ingleses e a farta cerveja por francêses e espanhóis e chá de menta. Isto num primeiro olhar pela área. O hotel é agradável, enorme, os quartos e os espaços envolventes, a piscina, os bares, as esplanadas, a sala de espectáculos, tudo a condizer com as 5 estrelas do nosso contrato. Após as tarefas de instalação, fomos fazer um "sightseeing" por nossa própria conta. Quando efectuamos o chek-in no hotel, deram-nos um papel com especificações das condições do "all inclusive" deste hotel: Pequeno almoço, almoço e jantar buffet; Entre as 9:00 e as 17:30, bebidas nacionais nos vários bares, incluindo o bar de praia; no bar da piscina, batatas fritas, pizzas, e pouco mais, num outro, dentro do hotel e esplanada interior croissants e bolos, cafés e chás. A partir das 17:30 bebidas só nos bares do hotel e esplanada. Não é mau de todo, mas nada comparável com o tudo incluído por nós conhecido em hóteis das caraíbas (México e Cuba, por exemplo), mas também não conhecemos estes sistemas em Portugal, pelo menos para portugueses, embora já tenha dado conta de alguns turistas na zona do Algarve com estas fitinhas identificadoras do regime de estadia do "tudo incluído"... Para além destas condições, tinhamos ainda direito a 4 jantares temáticos nos hóteis da cadeia Iberostar na zona; um jantar mexicano (Chic Khan hotel), um asiático (Belisaire hotel), um italiano (Averroes Hotel) e finalmente um jantar oriental no nosso hotel (Solaria). O resto da tarde serviu para ter num ideia do local, a praia, nada de mais, nem sequer a temperatura da água do mar, que deixou um pouco a desejar, muita gente nas pequenas praias reservadas a cada hotel. Verificamos que a praia é muito extensa, e nesta zona acompanhada por um número elevado de hóteis dispostos ao largo e separados do mar por uma longa avenida (exluindo o hotel Iberostar Solaria, que está mesmo sobre a praia). Do lado contrário ao mar, saindo do hotel dá-se conta de uma extensa avenida (Rue de la Médina), onde para além de várias casas comerciais, restaurantes, e alguns serviços se encontra uma medina com vários pontos de interesse. Depois da experiencia nos mares tunisinos, rápidamente fomos dar o azo da nossa presença na piscina que é agradável. Grande com várias hipóteses de jogos náuticos, mais para as crianças, e um jardim com cadeiras de praia para os turistas usufruírem. Gastamos aí o tempo que faltava para o jantar, que é servido todos os dias entre as 18:30 e as 21:00 horas.
Depois de um agradável banho e água doce, fomos jantar, curiosos com o que nos reservava o hotel para o repasto. Cozinha internacional, alguns toques de pratos típicos. Muitos legumes, crus e cozinhados, com e sem molhos, especiarias e natas. Carnes de borrego e vaca, muito pouca carne de suíno e frango. Nos peixes, atum num tipo de estufado, e alguns peixes grelhados ao vivo. Duas sopas, uma normal de legumes e outra da terra, com lentilhas, carne e especiarias, não era má. Experimentei um pouco de tudo, não adorei nem achei horrivel, estava é a espera de mais. Confirmei, como amante do peixe fresco, que o peixe de Portugal, do atlântico frio, não tem absolutamente nada a ver com o peixe mediterrânico. Sabe um pouco a deserto, seco, árido. Daí que normalmente sejam necessários outros condimentos e artifícios para melhorar o seu paladar. Testei uma espécie de salmonetes e fiquei-me por aí, não quis acentuar esta minha teoria de que peixinho do bom, só mesmo em Portugal (até agora). Mas havia sardinhas, cavalas e bastante atum. Ao dispôr dos comensais, uma grande variedade de sobremesas; frutas da época (alperces, damascos, muita melancia e melão, tâmaras, etc), muia variedade de bolos deliciosos, tartes, tortas, doces que pareciam mousses e bavaroises, e uma variedade de quatro ou cinco gelados. Muito aceitável. Estamos permanentemente a cair na tentação de fazer, embora que mentalmente, comparações com outros hóteis, em outros destinos, mas demovíamos esses pensamentos, não se deve comparar realidades diferentes.
Depois da primeira ceia em solo da tunísia, decidimo-nos por um passeio pela rua da medina, para ter a sensibilidade do que nos rodeava. Muitas lojas com vários artigos de artesanato, pessoais, para o lar, etc. Normalmente coisas baratas, tendo em conta ao preço desses produtos em Portugal. Constatamos que há estabelecimentos com grandes cartazes afixados a anunciarem que naquele local os preços são fixos, isto é, não são regateáveis. Pois é, esta característica pouco ou nada condizente com a nossa forma de comercializar, mas interessante tendo em vista observar até que valor estão os intervenientes da troca a ceder. No fim, como comprador inexperiente, fica-se um pouco perturbado, nunca se tem a certeza absoluta do valor real dos artigos, e há sempre a incerteza de se ter ou não feito um bom negócio. E ninguém gosta de ser enganado! É certo, estamos a falar de poucos euros, mas a luta que se trava por um cêntimo para cima ou para baixo, pelas aparências, mais parece uma luta de vida ou de morte. Penetramos por esta medina, artificial, tendo em conta que foi construída de raíz para fins inteiramente turísticos, o que tira um pouco da magia ao local, mas mesmo assim novidade para nós. Logo há entrada, fomos abordados por um indivíduo, que se diz empregado do hotel e que nos conhecia, pois tinha-nos visto hoje por lá. Nós, sem certeza nenhuma de o conhecer, da mesma forma que não tinhamos de não o conhecer, e um pouco pasra não sermos antipáticos, mostramos um ar de dúvida (a pouca experiência no contacto com povos diferentes, mostra que no princípio, eles parecem-se todos iguais). Aí ele ofereceu-se para nos ajudar e "amávelmente" levou-nos à loja de um seu irmão, já dentro da medina. Aí, numa loja comum a tantas outras de Portugal, não havia nada de interesse relevante que merecesse a nossa atenção, e esse "amigo" levou-nos imediatamente a uma loja do governo, que não deveriamos perder pois só estava aberta dois dias por semana, e esse era o último da que começava. Aqui já estavamos a achar estranho, mas entramos na conversa. Era uma loja de tapetes, e logo três homens nos levaram para uma sala enorme, com imensos tapetes, fizeram-nos sentar e passaram a demonstração. Um ía descrevendo-os um a um, como eram feitos, quem os fazia, todos de forma manual, por isso o seu preços ser diferente dos preços dos arraiolos e etc. Ofereceram-nos chá de menta, frio, e lá bebemos, para não sermos indelicados, enquanto as apresentações prosseguiam. O homem, percebendo-se da nossa insensibilidade perante tamanhas preciosidades, começou a mudar de tom de voz e de conversa. Já nos questionava pelas nossas formas de ganhar a vida, família, enfim, a situação começou a ser saturante. Pediu-nos que andassemos sobre os tapetes, descalços, para melhor sentirmos a grande qualidade dos mesmos. As tantas, depois de uma boa meia hora deste filme, levantamo-nos e dissemos que como hoje ainda era o primeiro dia, queriamos ver outras coisas antes de decidir. Se o homem tivesse o par de olhos equipado com misséis antiaéreos, tinhamos sido fluminados ali, naquele mesmo lugar. Saímos dali com o homem furibundo, ainda a pedir-nos que pelo menos dessemos qualquer coisa para os seus dois assistentes que tiveram todo o trabalho de estar a desenrolar e estender os tapetes. Claro que não demos um único cêntimo. Ficaram os três a resmungar, ainda bem que foi em árabe. Depois disto, o apetite já não era muito, mas mesmo assim navegamos por aquelas ruelas da medina, sendo repetidamente e inoportunamente assediados, por diversos motivos, para entrarmos, nem que fosse só para "mirar", nas suas "tiendas". Acabamos por entrar em algumas, mas não compramos nada, estavamos só a ver, como nos propuseramos desde o início. Foi uma missão cumprida.